Neste domingo, 11, o governo do Rio Grande do Sul confirmou a identificação de um foco de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em duas aves silvestres encontradas em um açude em Rio Pardo. Essa confirmação marca o primeiro caso de gripe aviária no Estado em 2024.
O vírus foi detectado em duas aves da espécie caraúna (Plegadis chihi, conhecida como maçarico). Uma amostra foi enviada em 8 de fevereiro para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas, unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal.
Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, a notificação não tem impacto no status sanitário do Estado e do país, e não afeta o comércio de produtos avícolas. A pasta também assegura que não há risco ao consumir carne e ovos, pois a doença não é transmitida por meio do consumo.
Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, relatou uma reunião técnica realizada no domingo com o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado do RS para alinhar informações e definir estratégias de atuação.
As equipes da secretaria iniciarão uma vigilância ativa, monitorando um raio de cinco quilômetros a partir do foco, com o objetivo de prevenir a disseminação da doença e fornecer orientações aos criadores sobre cuidados de biossegurança em suas propriedades. Isso inclui evitar a circulação de aves e, na medida do possível, impedir ambientes de convívio entre aves silvestres e domésticas. Em 2023, o governo estadual registrou cinco focos de gripe aviária em aves silvestres e mamíferos aquáticos, como leões-marinhos e lobos-marinhos.