Ao ritmo da música “Galo, me chamam de Galo. Preto e branco tuas cores”, Ricardo Pohlmann e Roberto Pohlmann mantêm viva a paixão pelo F. C. Santa Cruz. Originários de Sobradinho, os irmãos iniciaram sua trajetória com o time municipal por meio das categorias de base Alvinegra, seguindo o sonho que muitos meninos compartilham nas partidas de bairro.
O educador e músico Roberto Pohlmann, de 34 anos, chegou a participar de alguns torneios regionais pelo F. C. Santa Cruz, mas não seguiu carreira profissional. “Com cerca de 10 anos, comecei a jogar na escolinha do Galo. Morávamos no bairro Faxinal e íamos de ônibus até o estádio. Fiquei alguns anos no clube como atleta, mas não continuei”, recorda.
Por outro lado, o produtor audiovisual e músico Ricardo Pohlmann, de 27 anos, teve uma relação mais duradoura com o esporte, chegando a atuar no Gauchão. “Tive uma ligação mais séria com o clube. Entre 2007 e 2013, joguei na escolinha e depois no Juvenil do F. C. Santa Cruz”, relata.
Com mais de duas décadas morando em Santa Cruz do Sul, os irmãos Pohlmann passaram de jogadores a torcedores do clube carijó. A paixão inicial nas quatro linhas os levou a contribuir com o clube, agora nas arquibancadas e através de suas profissões. “Depois de deixarmos as categorias de base do Galo, continuamos mantendo uma forte ligação. Decidimos ajudar com nossas profissões, produzindo vídeos e fotos do clube e da torcida, além de uma nova versão do hino do Galo”, compartilham.
Defensores e apaixonados pelo futebol do interior, Ricardo e Roberto elogiam o trabalho daqueles que mantêm viva a chama do futebol local. “O gramado e o estádio [dos Plátanos] estão tão bonitos. O trabalho das pessoas que continuam com o futebol do interior é incrível. Quando temos a oportunidade de ajudar, colaboramos. Sempre tentamos manter essa paixão acesa”, destaca Roberto.
Durante a entrevista, entre olhares atentos às perguntas e observando os comandos de Iarley no treino do Galo, que acontecia simultaneamente no Estádio dos Plátanos, os irmãos apostam em uma vitória Alvinegra no clássico Ave-Cruz 118.
“Acredito que o Galo tem chances de sair vencedor do clássico Ave-Cruz. Não diria que somos favoritos, mas é o time com mais vitórias em clássicos”, afirma Ricardo.
“Tenho confiança de que venceremos o Ave-Cruz. Acredito que algo bom vai acontecer. Iarley compreendeu a essência aguerrida, que faz parte do DNA do Galo. Ele é uma pessoa vitoriosa e certamente poderá nos ajudar”, destaca Roberto.
Temporada Atual
Ricardo expressa que tinha grandes expectativas no início da temporada, devido aos nomes divulgados no elenco carijó. “Ainda não vimos o time se encaixar. O Campeonato Gaúcho é curto, mas com a chegada de Iarley, tenho esperança de que a chama das vitórias seja reacendida.”
Sobre a situação atual do Galo, ocupando a última posição na tabela com apenas dois pontos, Ricardo reconhece a dificuldade de permanecer na elite do futebol gaúcho, mas acredita em possibilidades de recuperação. Ele assegura que, mesmo retornando à Divisão de Acesso, a torcida continuará presente.
Em linha com o irmão, Roberto inicialmente gostou do time, mas discorda da troca de técnico (de Daniel Franco para Paulo Henrique Marques). “Acredito que deveríamos ter mantido o treinador e a base do time que subiu. Foi uma equipe que deu certo, e embora precisasse de novos nomes, poderia manter a base da Divisão de Acesso”, argumenta.