O Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas do governo federal, já beneficiou 11,5 milhões de pessoas desde seu lançamento em julho do ano passado. Ao todo, foram negociados R$ 35 bilhões em dívidas, conforme indicado no mais recente balanço divulgado pelo Ministério da Fazenda em fevereiro. O prazo para participar das negociações foi prorrogado até 31 de março.
De acordo com os dados, 17 milhões de dívidas foram automaticamente desnegativadas. No final de janeiro, o governo alterou as regras de acesso ao sistema através da plataforma gov.br, permitindo o parcelamento de dívidas renegociadas para devedores com conta nível bronze. Anteriormente, somente contas com certificação digital ouro ou prata tinham essa opção.
Antes da mudança, 27% das negociações diárias eram realizadas por pessoas com perfil de conta bronze. Com a nova medida, esse número aumentou para 42%.
O governo também anunciou novas regras que autorizam o acesso à plataforma Desenrola a partir de sites e aplicativos de instituições financeiras, facilitando a navegação.
A Faixa 1 do Desenrola abrange pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico. Essa faixa contempla dívidas negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022, com limite de R$ 20 mil cada (valor original, sem os descontos do programa). Dívidas bancárias, como as de cartão de crédito, e contas atrasadas de outros setores podem ser parceladas até R$ 5 mil por beneficiário.
Segundo o governo, o ticket médio das negociações é de R$ 251 nos pagamentos à vista e R$ 961 nos parcelados, com média de descontos de 90% à vista e 85% a prazo. Os juros médios para o refinanciamento a prazo são de 1,81%, com uma média de 12 parcelas.